The G-Econ Project de William Nordhaus

Torre da Universidade de Yale“The present study describes a project that has developed a geophysically based data set on economic activity. The project is called the Yale G-Econ project (for Geographically based Economic data).

The G-Econ data set calculates gross value added at a 1-degree longitude by 1-degree latitude resolution at a global scale for all terrestrial cells. These data allow better integration of economic and environmental data to investigate environmental economics, the impact of global warming, and the role of geophysical factors in economic activity.

On of the major results is to show that the true economic deserts of the globe are in Greenland, Antarctica, northern Canada, Alaska, and Siberia.”

Abstract do working paper,
12 Maio de 2006

Descobri este projecto em Março de 2007 e acho que tem todo o interesse para os letrados em ciências económicas e sociais. A visualização deste indicador económico num mapa tridimensional permite uma leitura mais imediata das discrepâncias existentes entre países e, inclusive, as suas próprias regiões.

Através do uso desta metodologia, a questão da quantificação de outros indicadores de desenvolvimento pode ser explorada duma forma muito mais interessante:

Homepage do Projecto na Yale University

Working Papers da equipa de investigação

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A foto é da simbólica Harkness Tower situada na Universidade de Yale

Nota: Aos leitores habituais, peço imensa desculpa pelo facto de nos últimos 4 meses não ter disponibilidade para elaborar comentários mais extensos. Cumprimentos :)

As Taxas de Juro e “A Era da Turbulência”

Reserva Federal AmericanaAs Taxas de Juro

Neste últimos dias, muito se tem debatido sobre quais serão as consequências reais do mais recente abalo no mundo financeiro. O “episódio” teve origem na especulação criada à volta do mercado de crédito imobiliário norte-americano.

Em resposta, assistimos ontem ao anúncio da Reserva Federal Norte-Americana de que a taxa de juro de referência passará a situar-se nos 4,75 pontos percentuais contra os 5,25 pontos anteriores.

Note-se que a alteração da taxa de juro (subida ou descida) pode ser equiparada a um mecanismo de segurança com objectivos vários como controlar a inflação, assegurar a sustentabilidade de um período de expansão económica ou estimular a economia facilitando o recurso ao crédito, por exemplo.

Neste caso, o banco central decidiu baixar a taxa de juro como forma de conter uma eventual escalada do clima de instabilidade criado à volta dos mercados financeiros. Um impulso à economia norte-americana é também um dos objectivos de tal decisão.

Mas a redução drástica para 4,75 pontos percentuais foi uma grande surpresa pois ninguém antecipava um corte de 0,5 pontos percentuais. A esmagadora maioria dos analistas esperava uma redução progressiva da taxa de juro prevendo um corte inicial de apenas 0,25 p.p. Recorreu-se à terapia de choque.

A Era da Turbulência“A Era da Turbulência”

Obviamente, Ben Bernanke e a sua equipa fundamentaram a sua decisão com recurso à teoria económica mas ela não é eficaz só por si. É necessário recorrer à análise comportamental dos agentes e absorver tudo aquilo que a história nos ensinou. Com toda a certeza, os membros da equipa fizeram tudo isso…

O presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, foi nomeado em Janeiro de 2006 para suceder a um dos mais emblemáticos personagens a desempenhar o cargo: Alan Greenspan.

O economista, ex-presidente da Reserva Federal, coordenou a política monetária dos Estados Unidos entre 1987 e 2006. Durante esse período, assistiu a um impressionante registo histórico dos tempos modernos que originou uma transformação cultural, social e política significativa e radical. Estabeleceu-se uma “nova ordem internacional”.

O novo livro de Alan Greenspan, “A Era da Turbulência”, relata-nos toda essa história de uma perspectiva única e privilegiada a que só um presidente dum banco central da maior economia do Mundo pode aceder e a preocupação com o futuro e os desafios que se lhe impõem.

Assim, fica uma sugestão de compra para quem tem a História e a Economia como área de interesse.

Portugal e a Visita de Estado à Índia

A Presidência da República lançou um website por ocasião da visita de Estado à Índia que se realizará entre 10 e 17 de Janeiro. Nele, podemos acompanhar em pormenor a visita da comitiva portuguesa através dos elementos multimédia que serão disponibilizados:

Página Oficial da Visita de Estado à Índia

Nota Pessoal:

Não vou nem quero tecer qualquer opinião sobre assuntos políticos respeitantes a Portugal (nesta altura).

Quero apenas louvar as instituições, os órgãos do Estado e de Soberania que estão empenhados em melhorar a imagem e o desempenho económico do nosso país.