Mil Imagens: A Baleia Azul & Os Açores

Açores
Açores

…o que vale é que de vez em quando vou buscar alguma paz de espírito a estas coisas…

A foto em cima é de Frank Wirth da Pico Sport Azores, uma agência local de Eco-Turismo. Na página açoriana vão com certeza descobrir uma forma muito diferente e alternativa de fazer turismo. Acreditem.

As férias estão quase aí e não é que encontrei na Internet um belíssimo pretexto para visitar “as nossas ilhas” ;)

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Pequena nota: Coincidência ou não, os Açores serão amanhã tema do dia na imprensa nacional. O que significa que tenho hoje uma óptima oportunidade para testar o Twingly pela primeira vez!

The G-Econ Project de William Nordhaus

Torre da Universidade de Yale“The present study describes a project that has developed a geophysically based data set on economic activity. The project is called the Yale G-Econ project (for Geographically based Economic data).

The G-Econ data set calculates gross value added at a 1-degree longitude by 1-degree latitude resolution at a global scale for all terrestrial cells. These data allow better integration of economic and environmental data to investigate environmental economics, the impact of global warming, and the role of geophysical factors in economic activity.

On of the major results is to show that the true economic deserts of the globe are in Greenland, Antarctica, northern Canada, Alaska, and Siberia.”

Abstract do working paper,
12 Maio de 2006

Descobri este projecto em Março de 2007 e acho que tem todo o interesse para os letrados em ciências económicas e sociais. A visualização deste indicador económico num mapa tridimensional permite uma leitura mais imediata das discrepâncias existentes entre países e, inclusive, as suas próprias regiões.

Através do uso desta metodologia, a questão da quantificação de outros indicadores de desenvolvimento pode ser explorada duma forma muito mais interessante:

Homepage do Projecto na Yale University

Working Papers da equipa de investigação

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A foto é da simbólica Harkness Tower situada na Universidade de Yale

Nota: Aos leitores habituais, peço imensa desculpa pelo facto de nos últimos 4 meses não ter disponibilidade para elaborar comentários mais extensos. Cumprimentos :)

Austrália, Ao Encontro de Quioto

Sidney, Austrália
Sidney, Austrália

Soube-se hoje que o novo governo australiano, pelas mãos do primeiro-ministro Kevin Rudd, vai ratificar o Protocolo de Quioto e que daqui a 90 dias o acto será oficializado.

Com esta acção, a Austrália vai ao encontro do tratado de 1997 e será o penúltimo país, do grupo dos países mais desenvolvidos, a estabelecer um compromisso de redução do nível de emissão de gases poluentes.

Os Estados Unidos, como nação*, ficam sozinhos e mergulhados num “marasmo ambiental”…

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As declarações do primeiro-ministro australiano:
“Signing the Kyoto Protocol is “a significant step forward in our country’s efforts to fight climate change domestically – and with the international community,”

* embora alguns dos seus estados, por iniciativa própria, estejam já a “seguir as metas” definidas em Quioto

“Phone-ix”, Desta Não Estava à Espera

PrintscreenA nova operadora móvel dos CTT entrou no mercado há alguns dias atrás e já recebi no correio uma proposta de adesão para “Toda a Família”.

Confesso que hoje em dia as operadoras de telecomunicações facturam mais do que o que deviam, havendo alguns casos em que as condições não primam pela honestidade na altura da adesão.

Contudo, a nova empresa do 922 colmatou “essa lacuna” pois nesta já sabemos que há um “Phone-ix!” logo à partida. Ao contrário das outras, onde a expressão só surge no dia em que recebemos a factura.

Estas equipas de marketing, branding ou whatever…

Mais um Código Da Vinci…

A Última Ceia
A Última Ceia

Há momentos atrás, li a notícia de que um músico italiano afirma ter descoberto uma partitura no famoso quadro “A Última Ceia de Cristo”.

Segundo o autor da descoberta, Giovanni Maria Pala, a composição musical encontra-se codificada no célebre quadro, sendo a sua leitura efectuada da direita para a esquerda. Uma particularidade característica de Leonardo da Vinci como afirmam diversos historiadores.

No seu livro “La Musica Celata” (A Música Escondida ou Oculta – tradução livre), o músico descreve a composição musical como sendo suficientemente melódica para a apelidar de um Hino a Deus

Bem… assim no imediato, apenas reconheço um estilo análogo… o do escritor Dan Brown que na sua obra descreve detalhadamente o deslindar dum enigma que revela “o maior segredo da história da Humanidade”.

A descrição do escritor é muito interessante e a do músico também o parece ser, segundo a minha leitura no artigo da CNN. No entanto, a lógica desta descoberta não prova necessariamente a sua veracidade. A verdade é que ultimamente tem havido sempre uma obra dentro de uma obra-prima.

Os Meus Filmes de Sempre, A Missão (1986)

Capa do Filme "A Missão"
Capa do Filme "A Missão"

Desconheço grande parte da obra do realizador Roland Joffé mas posso afirmar descontraidamente que esta é uma obra-prima do realizador inglês.

O filme tem uma forte componente histórica, tem como pano de fundo o conflito entre os padres Jesuítas e os reinos de Portugal e Espanha que antecede e sucede à assinatura do Tratado de Madrid.

No tratado foi acordado entre os dois reinos uma expansão territorial do império Português em detrimento de território sul-americano pertencente a Espanha. Até então, a posse do território em questão havia sido estabelecida na assinatura do Tratado de Tordesilhas.

No filme, é retratada em particular a vida de Rodrigo Mendoza (Robert de Niro) que procura a absolvição dos seus pecados e a do padre jesuíta Gabriel (Jeremy Irons), dividido entre os valores humanistas do cristianismo e o poder de quem representa institucionalmente a mesma religião.

Para além deste retrato, temos a oportunidade de conhecer as várias comunidade jesuítas que disseminaram a cultura europeia e o cristianismo junto dos Guarani, indígenas do continente sul-americano, e, as várias personagens políticas implicadas na assinatura do tratado.

Há que acrescentar que a beleza do filme é indissociável da majestosa banda sonora que o acompanha e que é um trabalho monumental do compositor Ennio Morricone. É uma experiência poderosa se sentirmos na sua essência os sons, o filme e os valores nele representados.

Está na minha lista de favoritos e é um daqueles filmes de sempre :)

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Som Clique aqui e oiça algumas samples da banda sonora

Cimeira Europeia culmina no Tratado de Lisboa

Assinatura do Tratado de Lisboa
Assinatura do Tratado de Lisboa

Ainda há alguns momentos atrás pairava no ar a dúvida: as condições impostas pela Itália e Polónia condicionariam a finalização do processo de negociação sobre o novo tratado reformista?

Sabe-se agora que não pois os vinte e sete Estados-Membros acabam de dar a sua aprovação sobre a composição do novo tratado europeu.

A presidência portuguesa está de parabéns. Soube gerir positivamente as reivindicações de vários estados-membros e consegue associar a cidade de Lisboa ao novo Tratado Reformador da União Europeia. O caminho está aberto…

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Sugestão: O jornal Público tem um artigo sintético e “informativo” sobre o assunto.

A TVI e o Ambiente de Helicóptero

HelicópteroWell… a propósito do Dia Europeu Sem Carros que acontece todos os anos a 22 de Setembro.

Neste dia e apesar de ser Sábado, lembrei-me que para saber o estado do trânsito não seria necessário ligar a televisão pois ele não existiria. (Diga-se de passagem que foi uma brilhante conclusão minha… :) )

A ideia em si é muito boa pois permite-nos ter uma noção de como é um dia com um “reduzido índice de poluição”, tanto sonora como ambiental. Embora eu pense que no próprio dia a medida tem apenas efeito prático a nível sonoro.

Em Portugal e por vezes, quando penso em trânsito urbano e poluição “salta-me logo à frente” uma imagem de um dia de manhã. Nesse dia, enquanto fazia zapping na televisão, deparei-me com um helicóptero a fazer reportagem sobre o trânsito na área de Lisboa. Recordei-me logo das reportagens ao estilo americano e… claro, das vantagens do uso inteligente de câmaras de filmar… fixas.

Para além de possuírem um custo económico associado inferior, a utilização desse tipo de câmaras não implica qualquer tipo de impacto ambiental, o qual não se verifica quando há um uso de um helicóptero, circundado a cidade por mais do que uma hora. Ou seja, a não utilização desse tipo de transporte durante as manhãs seria quase como um “Dia sem Carros” passado a 22 de Setembro na cidade de Lisboa.

Assim, parece-me oportuno afirmar que deve existir um certo sentido de responsabilidade quando se reporta certas notícias… pois às vezes nós mesmos somos o alvo da nossa afirmação

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Economia Portuguesa é umas das Mais Afectadas
“Portugal está entre os países europeus que mais poderá sofrer com o aquecimento global (…)
Não travar o aquecimento global multiplicará as catástrofes que já hoje acontecem. As consequências económicas são comparadas às duas grandes guerras mundiais. “

30 de Outubro de 2006

Planeta vai continuar a aquecer durante Séculos
O relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (…) vai directo ao assunto: o século XXI vai chegar bem perto do «inferno», com temperaturas cada vez mais quentes e tendência para o aumento da frequência de secas e de cheias, tudo por culpa do Homem. (…)
O relatório fez uma síntese única e exclusivamente dirigida aos quem têm nas mãos, o poder de decidir.

2 de Fevereiro de 2007

Diário da Manhã
“”O programa que o acompanha e que lhe dá toda a informação essencial para começar o seu dia vai estar no ar a partir das 7 da manhã.
(…) O Diário da Manhã vai fazendo a actualização permanente do trânsito com imagens de helicóptero, tal como lhe dará o panorama meteorológico para todo o território nacional.”

TVI

As Taxas de Juro e “A Era da Turbulência”

Reserva Federal AmericanaAs Taxas de Juro

Neste últimos dias, muito se tem debatido sobre quais serão as consequências reais do mais recente abalo no mundo financeiro. O “episódio” teve origem na especulação criada à volta do mercado de crédito imobiliário norte-americano.

Em resposta, assistimos ontem ao anúncio da Reserva Federal Norte-Americana de que a taxa de juro de referência passará a situar-se nos 4,75 pontos percentuais contra os 5,25 pontos anteriores.

Note-se que a alteração da taxa de juro (subida ou descida) pode ser equiparada a um mecanismo de segurança com objectivos vários como controlar a inflação, assegurar a sustentabilidade de um período de expansão económica ou estimular a economia facilitando o recurso ao crédito, por exemplo.

Neste caso, o banco central decidiu baixar a taxa de juro como forma de conter uma eventual escalada do clima de instabilidade criado à volta dos mercados financeiros. Um impulso à economia norte-americana é também um dos objectivos de tal decisão.

Mas a redução drástica para 4,75 pontos percentuais foi uma grande surpresa pois ninguém antecipava um corte de 0,5 pontos percentuais. A esmagadora maioria dos analistas esperava uma redução progressiva da taxa de juro prevendo um corte inicial de apenas 0,25 p.p. Recorreu-se à terapia de choque.

A Era da Turbulência“A Era da Turbulência”

Obviamente, Ben Bernanke e a sua equipa fundamentaram a sua decisão com recurso à teoria económica mas ela não é eficaz só por si. É necessário recorrer à análise comportamental dos agentes e absorver tudo aquilo que a história nos ensinou. Com toda a certeza, os membros da equipa fizeram tudo isso…

O presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, foi nomeado em Janeiro de 2006 para suceder a um dos mais emblemáticos personagens a desempenhar o cargo: Alan Greenspan.

O economista, ex-presidente da Reserva Federal, coordenou a política monetária dos Estados Unidos entre 1987 e 2006. Durante esse período, assistiu a um impressionante registo histórico dos tempos modernos que originou uma transformação cultural, social e política significativa e radical. Estabeleceu-se uma “nova ordem internacional”.

O novo livro de Alan Greenspan, “A Era da Turbulência”, relata-nos toda essa história de uma perspectiva única e privilegiada a que só um presidente dum banco central da maior economia do Mundo pode aceder e a preocupação com o futuro e os desafios que se lhe impõem.

Assim, fica uma sugestão de compra para quem tem a História e a Economia como área de interesse.